Viver plenamente é: aquecer vidas e corações

É das mãos habilidosas de 15 mulheres que o grupo “Laçadas do Bem” entrelaça a solidariedade. De ponto em ponto, as voluntárias confeccionam casacos, blusões, tocas e mantas para crianças e idosos mais necessitados. São mais de 400 peças produzidas por ano, que aquecem corações em todo estado.

 

Viver plenamente é: aquecer vidas e corações

Viver plenamente é: aquecer vidas e corações

 

Há cinco anos o grupo de Arroio do Meio se reúne mensalmente, na última quinta-feira do mês, para fazer a roda de tricô. As peças produzidas são doadas para hospitais, postos de saúde, creches, lares de idosos e famílias carentes. “Já levamos carinho e amor para além da nossa cidade base, como Estrela, Lajeado, Porto Alegre e Taquari”, conta a idealizadora do Laçadas do Bem, Maria Salete Dalpian.

O trabalho funciona por meio de arrecadações e parte da matéria-prima é fruto de doações da comunidade. A ajuda vem inclusive de escolas da região, como o Colégio Bom Jesus, que recolhe lãs durante a festa junina para auxiliar o grupo.

 

Viver plenamente é: aquecer vidas e corações

 

Além de contribuir com quem precisa, tricotar é uma terapia para o grupo. “Todas esperam pelos encontros, pois são momentos em que conversamos, damos boas risadas e podemos relaxar. Nos reunimos todos os meses”, relata a integrante Mara Scheid Hubner. Mesmo aquelas que não conseguem comparecer nas reuniões, fazem o tricô em casa e levam os agasalhos no próximo encontro. “Ninguém é obrigado a comparecer, mas todas tricotam por amor”, destaca Salete.

Aos 89 anos, Clara Hulda Dietrich também sente os benefícios do tricô. “Tenho problemas de saúde, mas minhas mãos ainda podem ajudar. Tricotar não faz bem só para os outros, para mim também”. Desde cedo a anciã do grupo aprendeu a importância de pensar no próximo “Quando a gente pode fazer um ato de caridade devemos fazer. Não podemos chegar diante de Deus de mãos vazias”.

 

Viver plenamente é: aquecer vidas e corações

 

O ponto inicial

O Laçadas do Bem surgiu em abril de 2014, após Salete ser convidada para integrar um grupo semelhante em Lajeado. A idealizadora lembra que logo se questionou sobre a possibilidade de iniciar a atividade em Arroio do Meio e implementou a ideia. “No começo éramos só quatro amigas, mas com o tempo fortalecemos a equipe”.

O grupo não possui sede fixa, sendo os encontros realizados na casa das integrantes, em diferentes cidades. Anualmente, o grupo se reúne na Praça Flores da Cunha, em Arroio do Meio, no O Dia Mundial de Tricotar em Público para incentivar a prática e mostrar seus trabalhos. Interessados em participar do grupo podem contatar as integrantes. Doações de lã são aceitas no Colégio Bom Jesus e na Loja Ofício, ou podem ser agendadas com a Salete pelo telefone (51) 9 9725-4199.

 

Texto: Jéssica R. Mallmann
Créditos: Jornal A Hora

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