CRON: O olhar além do tratamento

No CRON, o paciente é chamado pelo nome completo. Esse é um dos cuidados das enfermeiras para que todos se sintam acolhidos desde o início. Os laços de amizade surgem de forma natural, em decorrência do convívio constante. Consequência disso, o carinho chega até familiares e amigos.

“Eu sempre quis trabalhar na área da saúde”, lembra a enfermeira Karin Kayser. Há 28 anos, escolheu a profissão e não se arrepende. “Trabalhei 13 anos no Pronto Socorro, e era uma rotina diferente. No CRON, a gente consegue acompanhar a evolução do paciente”, explica.

A mesma evolução é destacada pela colega Júlia Bisotto Jardim. “Os pacientes, em geral, são muito otimistas. Isso faz diferença para a melhora deles”, afirma.

 

CRON: O olhar além do tratamento

 

Mas o olhar das enfermeiras vai além do tratamento, remédios e exames. Para elas, os pacientes mostram uma nova maneira de enxergar a vida. “Eles passam a valorizar coisas que nós deixamos passar despercebidas”, reforça Karin.

“Eles aprendem com a gente a questão do conhecimento e da experiência, são formas de fazer com que eles se sintam seguros.”
Karin Kayser, enfermeira

Quando chega à sala coletiva de quimioterapia, o paciente passa por uma avaliação da última sessão até a atual. A equipe do CRON é multidisciplinar e atende as necessidades tanto do paciente quanto da família. “Mesmo assim, tem coisas que eles não contam para o médico, mas contam para a gente. Eu acho que eles se sentem mais à vontade, sabe?”, revela Júlia.

As profissionais percebem também o carinho entre os pacientes. Além disso, afirmam que a família, amigos e até mesmo vizinhos se comportam de maneira diferente, sendo mais prestativos.

“Eu sempre digo: eles aprendem com a gente a questão do conhecimento e da experiência, são formas de fazer com que eles se sintam seguros. No entanto, eles também ensinam a gente” reforça Karin.

 

CRON: O olhar além do tratamento

 

Publicado originalmente no Jornal A Hora.

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